
Volte
no tempo e reviva o Brasil do século XVII visitando Ouro
Preto, Mariana, Congonhas,Tiradentes, Diamantina e São
João Del Rei,você vai se encantar com a beleza da
arte barroca, igrejas coloniais, fantasticas obras do
famoso escultor Aleijadinho, antigas minas de ouro, a
historia da inconfidência e ainda saborear a deliciosa
culinária mineira.
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Uma
fabulosa e linda cidade setecentista encravada
num vale profundo das montanhas mineiras.
Anacrônica, espantosa, fascinante...
Ouro
Preto ressurge como uma visão, uma
miragem em meio à densa névoa
matutina. A sensação para os
visitantes de primeira viagem é empolgante.
De repente parece que a viagem no tempo é
uma realidade. Uma romaria de vivos se mistura
a uma romaria de mortos. Figuras históricas
e/ou anônimas se confundem aos contemporâneos.
Esbarram e semeiam falácias.
Ouro
Preto está acima do bem e do mal.
Quem não pensa assim não aproveita
bem a cidade. é extremamente humana,
por isso mesmo corajosa e cruel. A crueldade
está escrita nas paredes entumecidas
pela queima de óleo de baleia das
antigas minas de ouro. Os escravos eram
forçados a entrar em pequenas aberturas
e lá ficavam praticamente o dia inteiro,
respirando
a fumaça das tochas, o suor exausto
e o sufocante exalar de urina e fezes. Já
a coragem repousa resplandecente no Panteão
da Liberdade, onde descansam os restos daqueles
que um dia sonharam a independência
de Minas Gerais e também, e por que
não, do Brasil.
Em
Ouro Preto não há lugar para
maniqueísmos. Devemos apenas nos
remeter a uma época
sem leis; uma sopa caótica de interesses
que tomou forma e deu origem à primeira
sociedade com características modernas
do Brasil. Se nosso país nasceu em
algum ponto do litoral, sua concepção
como nação se deu em Minas.
E sua mãe foi Vila Rica e seu alimento
o ouro.
Por
seu valor, Ouro Preto foi decretada Cidade
Monumento Nacional em 1933. Os olhares e
o reconhecimento do mundo viriam em 1980,
quando a Unesco a declarou Patrimônio
Cultural da Humanidade. Seu legado é
maior que as fronteiras, sua essência
é a própria essência
do homem.
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Terra de Juscelino Kubistchk,
que foi Prefeito de Belo Horizonte, governador
de Minas e Presidente da República,
o antigo Arraial do Tijuco nasceu ao tempo
das atividades bandeirantes e sertanistas,
que vasculharam o território das
Gerais à procura de ouro e pedras
preciosas. 
Foi grande pólo do
Ciclo Diamantino, e até hoje as atividades
de mineração constituem a
base de sua economia. Destacado centro cultural
de MInas, a ele se referiu Saint Hilaire
com palavras elogiosas. A ocupação
de toda a região se deu a partir
do surto minerador. O descobrimento de riquezas
minerais nessa região, denominada
pelos indígenas de Ivituruí
(montanhas frias) e rebatizada por aventureiros
brancos de Serro Frio, verificou-se em 1702
pelos bandeirantes Antônio Soares
e Manuel Corrêa Arzão.
O arraial do Tijuco foi
fundado em 1713, desenvolvendo-se após
a descoberta de diamantes
nas suas proximidades, nos anos vinte do
séc. XVIII. Em 1729, o governo da
capitania comunicou à Coroa a descoberta
e, a partir daí, a metrópole
adotou uma política altamente arbitrária,
com
monopólio sobre as jazidas, que durou
até 1845. Em 1831, o arraial do Tijuco
tornou-se Vila de Diamantina,elevada, em
1835 à categoria de cidade.
Em Diamantina desenvolveu-se
a elite mais requintada de toda a sociedade
colonial mineira. O cultivo do teatro,
da música e das artes em geral tornou-se
característica marcante do diamantinense.
Suas festividades religiosas
e populares constituem, até hoje,
atração para os que visitam
a cidade. O acervo arquitetônico -
colorido e alegre - compõe, juntamente
com as montanhas, um dos conjuntos paisagísticos
mais belos de Minas. Foi tombado pelo Patrimônio
Nacional, em 1938.
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Ouro, fé,
arte e pioneirismo marcam os três
séculos da histórica Mariana
Primeira vila, primeira capital, sede do
primeiro bispado e primeira cidade a ser
projetada em Minas Gerais. A história
de Mariana, que tem como cenário
um período de descobertas, religiosidade,
projeção artística
e busca pelo ouro, é marcada também
pelo pioneirismo de uma região que
há três séculos guarda
riquezas que nos remetem ao tempo do Brasil
Colônia.
Em
16 de julho de 1696, bandeirantes paulistas
liderados por Salvador Fernandes Furtado
de Mendonça encontraram ouro em um
rio batizado de Ribeirão Nossa Senhora
do Carmo. Às suas margens nasceu
o arraial de Nossa Senhora do Carmo, que
logo assumiria uma função
estratégica no jogo de poder determinado
pelo ouro. O local se transformou em um
dos principais fornecedores deste minério
para Portugal e, pouco tempo depois, tornou-se
a primeira vila criada na então Capitania
de São Paulo e Minas de Ouro. Lá
foi estabelecida também a primeira
capital.
Em 1745, por ordem do rei lusitano D. João
V, a região foi elevada à
cidade e nomeada Mariana – uma homenagem
à rainha Maria Ana D’Austria,
sua esposa. Transformando-se no centro religioso
do Estado, nesta mesma época a cidade
passou a ser sede do primeiro bispado mineiro.
Para isso, foi enviado, do Maranhão,
o bispo D. Frei Manoel da Cruz. Sua trajetória
realizada por terra durou um ano e dois
meses e foi considerada um feito bastante
representativo no Brasil Colônia.
Um projeto urbanístico se fez necessário,
sendo elaborado pelo engenheiro militar
José Fernandes Pinto de Alpoim. Ruas
em linha reta e praças retangulares
são características da primeira
cidade planejada de Minas e uma das primeiras
do Brasil.
Além de guardar relíquias
e casarios coloniais que contam parte da
história do país, em Mariana
nasceram personagens representativos da
cultura brasileira. Entre eles estão
o poeta e inconfidente Cláudio Manuel
da Costa, o pintor sacro Manuel da Costa
Ataíde e Frei Santa Rita Durão,
autor do poema “Caramuru”.
Tudo
isso faz da “primeira de Minas”
um dos municípios mais importantes
do Circuito do Ouro e parte integrante da
Trilha dos Inconfidentes e do Circuito Estrada
Real. Uma cidade tombada em 1945 como Monumento
Nacional e repleta de riquezas do período
em que começou a ser traçada
a história de Minas Gerais. |
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São João del
Rei foi fundada em fins do século
XVII por taubateanos liderados por Tomé
Portes del Rei que por isso é considerado
seu fundador.
Em 1709 a cobiça pelo ouro gera discórdia
entre portugueses e paulistas dando causa
à Guerra dos Emboabas acontecendo
o triste episódio do “Capão
da Traição” quando os
paulistas foram emboscados e chacinados
pelos portugueses.Em 08 de dezembro de 1713
o arraial alcançou foros de vila
com o nome deSão João del
Rei,homenagem a D. João V e também
passa a ser sede da Comarca do Rio das Mortes.
O ouro a pecuária e a agricultura
foram os fatores de desenvolvimento e progresso
da vila e aos 6 de março de 1838
é elevada à categoria de cidade.São
João del Rei participou sempre das
decisões mineiras e nacionais. Em
1833 na Sedição Militar de
Ouro Preto: em 1842 na Revolução
Liberal, e sendo sede do 11°BI - Batalhão
Tiradentes, participou das revoluções
de 1930 e 1964. Combateu na Itália
triunfando em Montese e Castelnuovo. Aqui
nasceram os grandes heróis nacionais:
Joaquim José da Silva Xavier
(o Tiradentes Proto Mártir da
Independência e Patrono Cívico
da Nação Brasileira);
Bárbara
Heliodora Guilhermina da Silveira
(a
heroína da Inconfidência).
Na
atualidade o sanjoanense
Ex. Presidente Dr. Tancredo de Almeida Neves
(instaura a nova república e conduz
o Brasil novamente à Democracia). |
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“Quase parece que
a natureza escolheu para a região
originária dessas pedras preciosas
os mais esplendidos campos e os guarneceu
com as mais lindas flores. Tudo o que até
agora havíamos visto de mais belo
e soberbo em paisagens, parecia incomparavelmente
inferior diante do encanto que se oferecia
aos nossos olhos admirados. Todo o Distrito
Diamantino parece um jardim artisticamente
plantado, a cuja alternativa de românticos
cenários alpestres, de montes e vales,
se aliam mimosas paisagens de feição
idílica..., Volvendo o olhar do pacífico
e variegado ambiente para a distância,
o espectador vê-se todo contornado
por altas montanhas rochosas que, iluminadas
pelos ofuscantes raios solares, refletem
uma luz re splandecente
de seus vértices brancos, recortados
em forma maravilhosas, aqui ameaçam
desmoronar, ou, ali em amontoados terraços
uns sobre os outros, puxam para o azul etéreo
do céu, ou abrem-se profundos vales,
patenteando abismos sombrios, onde alguma
torrente da montanha abre caminho com estrondo.”(SPIX
e MARTIUS, 1826, Vol 2, pp26-27)
Sede
de uma das quatro primeiras comarcas da
Capitania das Minas Gerais, a antiga Vila
do Príncipe, hoje, cidade do Serro,
preserva características das vilas
setecentistas mineiras. Seu acervo de arquitetura
religiosa colonial está entre os
mais significativos do Circuito dos Diamantes,
pela homogeneidade do conjunto e alto nível
de qualidade alcançada na ornamentação
interna dos templos, sobretudo no que diz
respeito à pintura em perspectiva
dos forros.
Primeiro
município brasileiro a ser tombado
pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional - IPHAN, em
1938, ao lado de seu acervo histórico-arquitetônico,
representado pelos belos monumentos religiosos
e notável conjunto de sobrados, o
Serro guarda também outro importante
aspecto de sua riqueza cultural do passado:
as tradições folclóricas
e festas religiosas.
O
município do Serro é marcado
pelas serras e rios que delineiam sua singular
topografia. A área de 1244,1 Km²
é cortada longitudinalmente pela
Serra do Espinhaço, o que lhe confere
um relevo assinalado pelos afloramentos
rochosos, onde são comuns os morros
parcialmente aplainados, chapadas e “pontões”
de quartzito. O Relevo é composto
por 10% de áreas planas, 20% de regiões
definidas com onduladas, e 70% de relevo
montanhoso. A população do
Serro é de 21.004 habitantes (IBGE
– 2000), distribuídos entre
a área Urbana (11.784) e a Rural
(9.220).
O
nome Serro vem da palavra indígena
Ivituruí, que significa “serro
frio”. Serro frio é denominação
atribuída aos nevoeiros bastante
comuns na região acompanhados por
correntes de ar frio e que geralmente, provocam
baixas na temperatura. O nome é também
uma alusão ao clima típico
de montanha predominante no município. |
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